Como e por que o sexo depois dos 50 pode ser ótimo
Deuses do Amor - Última atualização: 5 de dezembro de 2025
TA teórica da redescoberta da sexualidade na segunda parte da vida feminina é Tracy Cox, sexpert britânica e autora de inúmeros manuais sobre erotismo, incluindo o novo Great Sex Starts at 50, dedicado à sexualidade na maturidade. Ela nos ajuda a entender como — e por que — o sexo depois dos 50 pode ser ótimo.
“Você pode experimentar o sexo de uma maneira incrível a partir dos 50 anos, mas é preciso adaptar a forma de pensar e enfrentar as inevitáveis mudanças emocionais e físicas”, comenta a sexóloga na apresentação do novo volume. “Meu livro aborda uma infinidade de temas: de ereções fracas à menopausa, da falta de desejo a não se sentir sexy, passando por estar solteira na segunda metade da vida. Mas há um ponto comum a todos: o que você pode fazer, na prática, para que o desejo sobreviva à idade”.
Sexo depois dos 50
Para o livro, Tracy Cox entrevistou centenas de mulheres, e todas relataram problemas semelhantes relacionados ao envelhecimento: ganho de peso, mudanças no corpo após a maternidade, dores variadas, questões da menopausa, rugas. No entanto, algumas mantinham uma vida sexual ativa e prazerosa, enquanto outras paravam de fazer sexo ou se sentiam tão desanimadas com o envelhecimento que evitavam ao máximo a intimidade. De um lado, havia autoaceitação; do outro, autocrítica. E, como era de se esperar, as mais satisfeitas eram as que pensavam: “Claro, meu corpo não é mais o de antes — e daí? Eu me sinto sexy, então qual é o problema?”
“Muitas mulheres adoram envelhecer”, disse Tracy Cox em entrevista ao Daily Mail, explicando que “elas se sentem mais seguras, se importam menos com a opinião alheia e mais com o que realmente desejam. Têm tempo para redescobrir o sexo, se aventurar mais, tentar coisas novas. Há vantagens no envelhecimento — basta saber focar nelas”.
As principais sugestões de Tracy Cox podem ser organizadas como pequenas “pílulas” de bem-estar sexual e psicológico para mulheres de mais de 50 anos. Aqui estão os aspectos que ela considera essenciais:
Você não precisa perseguir a juventude
A sexualidade jovem não é melhor — apenas diferente. O corpo muda com a idade, a vida muda, e o que desejamos muda também. “Você não quer fazer as mesmas coisas que fazia aos 20 anos, e certamente não deseja o mesmo tipo de sexo”, explica Cox.
O sexo depois dos 50 tende a ser mais suave, sem pressa e menos centrado na penetração. “Uma das razões pelas quais casais mais velhos relatam maior satisfação sexual é que desaceleram e passam mais tempo nas preliminares.”
Fazer sexo melhora a imagem corporal
Experiências sexuais prazerosas nos fazem sentir mais confortáveis com o próprio corpo. “Se o seu parceiro claramente gosta de fazer amor com você, então seu corpo não pode ser assim tão ruim! É um ciclo positivo: quanto mais à vontade você está com o próprio corpo, melhor o sexo se torna”.
E essa sensação melhora ainda mais a autoestima.
“Curar” a mente com sexo
O sexo fortalece o sistema imunológico, reduz o estresse e melhora a memória — e esses são apenas os benefícios físicos.
“O sexo regular traz prazer, aumenta a oxitocina — o hormônio do bom humor — e reforça a confiança, a intimidade e o vínculo afetivo. Faz com que nos sintamos menos deprimidas e mais positivas, aumentando a autoestima e a autoconfiança.”
E quanto é o suficiente?
“Uma vez por semana já traz benefícios”, diz Cox. E sexo não significa necessariamente penetração — significa, sobretudo, orgasmo. Um objetivo que também pode ser alcançado pelo autoerotismo.
A normalidade é subjetiva
Há pessoas que se acham “abstinentes” se fazem sexo uma vez por semana; outras transam duas vezes por ano e consideram sua vida sexual plenamente satisfatória.
“Conheço muitos casais com mais de 50 que fazem sexo a cada dois meses e se indignariam se eu chamasse seu relacionamento de ‘fraco’ ou ‘assexual’. A quantidade certa de sexo não tem a ver com frequência, e sim com o que faz o casal feliz. Sexo semanal é ótimo? É. Mas se não é o seu ritmo, tudo bem: não existe uma frequência ‘normal’.”
A importância de manter-se fisicamente ativa
“O exercício não só mantém você saudável e com boa aparência, como também aumenta o fluxo sanguíneo — fundamental para manter os genitais responsivos. Também é importante para o cérebro: o exercício aumenta a dopamina, essencial para a função cognitiva. Fortalece os músculos, melhora a circulação e eleva o humor.”
Resumindo: manter-se ativa fora da cama ajuda a manter-se ativa dentro dela.
Uma nova ideia de sedução
Muitas mulheres têm resistência ao conceito tradicional de sedução e não querem seguir estereótipos, especialmente depois dos 50 — e tudo bem. “Crie sua própria versão de ‘sexy’”, aconselha Cox. “Talvez isso signifique cuidar mais do corpo, exercitar-se ou alimentar-se melhor para ter mais vitalidade, em vez de usar muita maquiagem ou roupas apertadas.”
Se você não faz sexo com um parceiro, faça você mesma
A masturbação é a forma mais simples e eficaz de manter a saúde sexual.
“Pratique. Muito. Carregue seu vibrador — ou compre um — e acumule quantos orgasmos quiser! Quando não temos orgasmos regulares, os vasos sanguíneos podem perder elasticidade, dificultando o prazer. Para não perder essa capacidade, garanta pelo menos um orgasmo por semana!”
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