tempo dura amor

Quanto tempo dura o amor?

Deuses do Amor - Última atualização: 27 de novembro de 2025

Todos nós já nos apaixonamos pelo menos uma vez, e não há dúvida de que é um sentimento incrível — mas que, ao mesmo tempo, pode trazer tormento. Neste artigo, vamos explicar o que acontece quando nos apaixonamos e, segundo especialistas, quanto tempo dura o amor.

Bader e Pearson comparam o desenvolvimento do amor em um casal ao desenvolvimento da criança segundo o modelo de Margaret Mahler (1978). Eles analisam os três primeiros anos de vida da criança, dividindo-os em quatro fases evolutivas, cada uma com diferentes propósitos de crescimento e desenvolvimento. As bases do apego são construídas nos primeiros anos, e os autores as relacionam às fases do amor adulto. Cada casal passa por essas etapas, que vão do “apaixonar-se” a um relacionamento maduro. Em alguns casos, o casal pode permanecer em uma fase sem evoluir, especialmente quando não há filhos.

1) Simbiose ou Amor (0 a 6 meses)

Esta é a fase do “apaixonar-se”, marcada por uma idealização intensa do outro. As diferenças são minimizadas, e a confiança é depositada totalmente no parceiro. Os casais passam muito tempo juntos; cada característica do outro parece encantadora e o parceiro corresponde ao modelo ideal de cada um. O objetivo desta fase é estabelecer o vínculo e o apego. Em alguns casais sem filhos, esta fase pode se prolongar por anos, com espaços individuais mínimos.

2) Diferenciação (6 a 9 meses)

O casal começa a perceber suas próprias necessidades e limites, dizendo “não” e sentindo angústia com a separação. As decepções surgem à medida que cada um descobre que o outro não corresponde à idealização inicial. É a fase do “despertar”, que traz sentimentos contraditórios: frustração pela realidade das diferenças, mas também prazer em conhecer a singularidade do parceiro. O objetivo é gerir as diferenças e reequilibrar o relacionamento.

3) Experimentação (10 a 17 meses)

O casal busca se reconhecer como indivíduos distintos e, muitas vezes, percebe o outro como limitante. Há menos empatia, discussões e competitividade — é a fase do “eu” prevalecendo. O objetivo é consolidar a autoestima e o poder pessoal, aprendendo a lidar com a raiva e frustração de forma responsável.

4) Abordagem e Interdependência (17 a 36 meses)

Nesta fase, os parceiros buscam intimidade e apoio, sem abrir mão de sua independência. Os conflitos são resolvidos no conteúdo, não na pessoa: “eu não gosto disso, mas gosto daquilo” em vez de “você está errado”. O objetivo da abordagem é se expor emocionalmente sem medo; o da interdependência é compartilhar valores respeitando a autonomia mútua.


Amor entre crise e estabilidade

O casamento não é uma estrutura estática; é um processo em constante movimento. Todas as fases do amor envolvem crises naturais, e o desafio do casal é aprender a superá-las.

Crises trazem frustração, raiva, medo, tristeza, decepção e sensação de fracasso. Muitas vezes, isso decorre da ilusão do perfeccionismo: querer que o parceiro não mude e que o relacionamento permaneça idêntico ao início. Negar a diversidade do outro ou fugir da realidade pode gerar depressão e colocar a relação em risco.

Scott Peck afirma que, ao resistir e se adaptar às diferenças ao longo dos anos, é possível aceitar o parceiro e alcançar um relacionamento mais profundo do que o amor romântico idealizado. Ser flexível é sinal de saúde mental e relacional: é preciso se esvaziar do velho para aprender algo novo.

O caminho do casamento é cheio de desafios, mas se os parceiros tiverem um objetivo comum, podem encontrar o equilíbrio entre valores, necessidades, deveres e responsabilidades. Ao final, o que se conquista supera o que se perde.

O casamento, portanto, deve ser encarado com coragem e consciência. É essencial escolher o parceiro certo, ter um destino claro e estar preparado para enfrentar dificuldades, valorizando cada conquista que dá sentido e significado à vida do casal.


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