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Chocolate não é afrodisíaco!

Deuses do Amor - Última atualização: 27 de outubro de 2025

VDesde a antiguidade, o homem acreditou em alimentos afrodisíacos, capazes de despertar o desejo sexual. Entre eles, o chocolate sempre teve destaque. Mas será que ele realmente tem esse poder?


Chocolate no passado

A crença no chocolate como estimulante sexual tem origens antigas. Os europeus observaram os costumes dos povos mesoamericanos e associaram o cacau à potência e prestígio social. Entre os astecas, o chocolate era consumido em banquetes do imperador Montezuma e usado em cerimônias de noivado, mas não exatamente como afrodisíaco, e sim como símbolo de riqueza e poder.

Entre os séculos XVII e XVIII, a literatura europeia já reforçava a ideia de que o chocolate estimulava a energia e o vigor sexual. Por exemplo:

  • Louis Lémery (1704) descrevia o chocolate como “revigorante, restaurador e adequado para restaurar forças enfraquecidas”.
  • Giovanni Battista Felici (1728) relatava que o chocolate despertava agitação e calor corporal.
  • Marquês de Sade teria consumido grandes quantidades de chocolate, associando-o a excessos e prazer, o que reforçou o mito ao longo da história.

Apesar desses relatos, é difícil separar o anecdótico do científico.


O chocolate no cérebro

Quais substâncias do chocolate poderiam ser realmente afrodisíacas? Entre elas estão:

  • Cafeína: estimulante leve do sistema nervoso central.
  • Triptofano: precursor da serotonina, neurotransmissor associado ao bem-estar.
  • Teobromina: alcaloide estimulante e vasodilatador.
  • Feniletilamina: libera dopamina nos centros de prazer do cérebro.
  • Anandamida: lipídio que estimula a produção de endorfinas, proporcionando sensação de bem-estar.

O problema? As quantidades presentes no chocolate são muito pequenas e rapidamente metabolizadas, não gerando efeito afrodisíaco direto. Ou seja, o suposto efeito sexual do chocolate é mais psicológico do que fisiológico – um clássico efeito placebo.


Mulheres, chocolate e desejo sexual

Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine avaliou 163 mulheres com idade média de 35 anos. Inicialmente, observou-se que mulheres que consumiam chocolate tinham maiores índices de função sexual. No entanto, quando ajustados pela idade, os escores eram semelhantes, mostrando que não há correlação real entre chocolate e desejo sexual.


Conclusão

O chocolate não é um afrodisíaco verdadeiro. Pode estimular prazer pelo sabor e pelo efeito psicológico de antecipação, mas não aumenta a libido. Portanto, aproveite seu pedaço de chocolate ou sobremesa favorita simplesmente pelo prazer de comer, sem criar expectativas sobre desempenho sexual.

Em resumo: coma aquele chocolate quentinho e delicioso, mas não espere que ele transforme você em um deus do sexo.


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