amor platonico

Amor platônico: o que significa e por que é dito

Deuses do Amor - Última atualização: 11 de outubro de 2025

Para compreender a etimologia, significado e definição de amor platônico, é necessário voltar no tempo e adentrar a esfera da filosofia, pois a expressão está intimamente ligada a Platão e ao seu pensamento.

Definição de amor platônico

O amor platônico é tradicionalmente definido como um amor que vai além do componente sexual e físico, permanecendo puramente espiritual.

Com o tempo, o termo também passou a ser entendido como amor puro e casto, desvinculado da realidade, permanecendo no campo da mente e sem necessariamente se transformar em ação.

Em alguns casos, o amor platônico pode até se tornar uma condição psicológica, levando à idealização do relacionamento ou da pessoa amada.

Independentemente de seu aspecto mais subjetivo, ao longo da história, o termo também foi a base de concepções de amor em movimentos literários, especialmente no amor romântico ou amor cortês, no qual o sentimento se sobrepõe ao ato sexual.

Nessas situações, a figura feminina é frequentemente idealizada, e o amor permanece restrito à esfera espiritual e potencial.

Na era moderna, o termo ganhou ainda um sentido figurado: refere-se a algo ou alguém que se ama ou deseja profundamente, mas que não se pretende possuir ou não se pode alcançar.


Origem do termo e por que se chama “amor platônico”

A origem do termo não é recente, mas remonta à Grécia Antiga e ao pensamento de Platão, um dos filósofos mais influentes da história, famoso também pelo mito da caverna.

Platão discute o conceito de amor platônico em “O Banquete”, um de seus diálogos mais conhecidos, no qual, através de Sócrates, ele expõe suas ideias sobre Eros, o deus do amor.

Segundo o texto:

  • Eros seria filho de Pòros (o engenho) e Penìa (a pobreza).
  • Durante o nascimento de Afrodite, Pòros se embriaga e adormece nos jardins de Zeus.
  • Penìa, aproveitando o momento, une-se a ele e dá à luz Eros, o amor.

Eros assume uma conotação dupla: é fruto da necessidade e da paixão, representando tanto a ausência quanto a busca pelo que não se possui.

Nesse ponto, o amor deixa de ser apenas físico e passa a ser impulso da alma, ligando-se ao amor pelo conhecimento.


Amor platônico na história moderna

O termo foi retomado por Marsilio Ficino, no século XV, com a expressão “amor platonicus”, indicando um amor voltado aos aspectos intelectuais e morais, e não aos físicos.

Ficino também utilizou o termo como sinônimo de “amor socraticus”, presente no Banquete de Platão, que descreve o vínculo afetivo entre Sócrates e seus discípulos — um afeto que se desenvolve com base na admiração intelectual e moral, e não no desejo físico.


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