Esperando um filho, mas não é do meu marido

Cartas para os Deuses – Estou esperando um filho, mas não é do meu marido. E agora com quem eu crio ele?

Deuses do Amor - Última atualização: 24 de outubro de 2025

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Estou esperando um filho, mas não é do meu marido. E agora com quem eu crio ele?

Queridos Deuses do Amor,

Estou casada há 10 anos com um homem da minha idade, que amo e que, apesar de suas limitações, sempre me retribuiu.

Nosso casamento começou com a dor de perder o filho que esperava e com o diagnóstico de infertilidade, que recaía sobre mim.

No ano passado, conheci um homem 15 anos mais velho, separado, com 3 filhos, que mora a 250 km de mim. Nos apaixonamos profundamente.

Agora estou esperando um filho dele. Meu marido sabe e, apesar da tempestade de emoções que isso trouxe (“Tentei ter um filho com você por anos e agora você engravida de outro homem?”), escolheu ficar ao meu lado e reconhece o pequenino.

O outro homem propõe que eu me aproxime dele (mas não more com ele) para ver o bebê. Por enquanto, ninguém, nem sua família, saberá que a criança é dele. Meu marido impôs como condição que eu rompesse o relacionamento.

E este homem, depois de um ano dizendo “Você é casada, posso fazer o que quiser”, agora exige exclusividade.

E eu? Amo os dois. Eles não entendem, ou esqueceram.

Talvez devesse escolher meu marido, que carrega o fruto da traição da esposa. Mas seria certo escolher o pai biológico? Separar meu filho do pai natural? O que é certo? Não por mim, mas por ele.

(Apaixonada)

Os Deuses do Amor respondem

Querida Apaixonada,

Meu lema sempre foi: família é onde a família é feita, não onde ela simplesmente “deveria ser”.

Não existe apenas uma maneira de amar, de se relacionar ou de formar uma família. E sua situação é delicada, mesmo sem a presença do bebê. Mas agora existe, e não apenas porque aconteceu, mas porque você decidiu acolhê-la.

Essa escolha é somente sua. Só você pode decidir como será o caminho do seu filho. E há um conselho que posso oferecer:

  • Se optar por ficar com seu marido, não o faça apenas porque ele suporta a consequência da traição. Faça-o porque você sente que ele pode ser o melhor pai para essa criança, capaz de oferecer amor, cuidado e presença.
  • Se escolher o outro homem, não o faça apenas porque ele é o pai biológico. Escolha-o pelo mesmo motivo: porque ele poderá dedicar tempo, coração e mente à vida que está prestes a nascer. Talvez até segure sua mão, compartilhe essa aventura e toque suavemente a barriga que carrega o bebê.

O que importa é o que é melhor para a criança, mas também o que faz sentido para você como mãe. Não há respostas fáceis, mas há amor suficiente para guiar sua decisão.

Lembre-se: a coragem de fazer escolhas difíceis nasce do cuidado e do amor verdadeiro, e não da obrigação ou da culpa.


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