Maria Callas e Aristóteles Onassis

Os mais belos e românticos casais históricos: Maria Callas e Aristóteles Onassis

Deuses do Amor - Última atualização: 20 de dezembro de 2025

Avassaladora e comovente, a história de amor entre Maria Callas, a maior cantora de ópera do século XX, e Aristóteles Onassis, o lendário magnata grego, parece saída de uma tragédia grega moderna. Uma paixão intensa, marcada por luxo, obsessão, desejo de poder e pela entrada de uma terceira figura capaz de mudar o destino de todos: Jackie Kennedy, a viúva mais famosa do mundo.

Foi um amor de dez anos, brilhante e destrutivo, que terminou com ambos esmagados por suas próprias fragilidades — ele pela vaidade e pela sede de domínio; ela por uma necessidade desesperada de ser amada.

O encontro que mudaria tudo

Em 1957, Maria Callas estava no auge absoluto. Era a soprano mais célebre da Terra, a “Divina”, celebrada nos maiores teatros do mundo. A força dramática de sua voz transformava cada performance — Traviata, Anna Bolena, Tosca — num acontecimento.

É nesse cenário que a jornalista e socialite Elsa Maxwell apresenta Maria ao milionário Aristóteles Onassis, no Lido de Veneza. Ele, um self-made man que saiu da pobreza extrema para tornar-se um dos homens mais ricos do mundo; ela, a maior estrela da ópera. Ambos casados, ambos fascinantes — mas a paixão não explode de imediato.

Dois anos depois, sim.

Onassis e Callas: os dois gregos mais famosos do mundo

A partir do momento em que se veem novamente, Onassis transforma Callas em obsessão. Envia flores, joias, presentes extravagantes — entre eles, uma pele de chinchila que chegava aos pés. Maria resiste enquanto pode: ainda é casada com seu empresário, Giovanni Battista Meneghini.

Mas no verão de 1959 tudo muda. Onassis convida um grupo seleto para seu iate Christina: Grace Kelly e o príncipe Ranieri, Gianni e Marella Agnelli, Winston Churchill… e Maria com o marido. Diante de todos, os dois flertam sem pudor. Dali em diante, nada voltaria a ser como antes.

Maria se lança totalmente ao novo amor: abandona o marido, afasta-se dos palcos, tenta adaptar sua vida à do magnata. Onassis, por outro lado, a exibe como troféu. Juntos, frequentam Montecarlo, Paris, os pontos mais exclusivos do jet-set internacional, seguidos por paparazzi que os transformam em mito vivo.

Um amor desigual

Apesar do brilho, a relação é tensa e cheia de dor. Maria sacrifica sua carreira e sua voz começa a mostrar sinais de desgaste. Sonha com casamento, estabilidade, um amor total. Onassis, incapaz de lhe dar isso, promete muito e oferece pouco — e a trai repetidamente.

Fala-se que em 1960 Maria engravidou de um menino, Homer, que nasceu morto. Esse luto silencioso pareceu separá-los ainda mais.

Então, ocorre o golpe definitivo: Onassis anuncia seu casamento com Jackie Kennedy, em 1968. Um movimento calculado, ditado por ambições sociais e políticas, não por amor.

Maria desaba.

Depois do abandono

Chocada e frágil, Callas aceita filmar Medeia, de Pier Paolo Pasolini. Apaixona-se por ele como uma adolescente — uma paixão intelectual, intensa, mas não correspondida. Retira-se para seu apartamento em Paris, uma espécie de torre de marfim onde recebe poucos amigos e se isola cada vez mais.

Apesar de tudo, Onassis continua a procurá-la. Há quem diga que eles seguiram se encontrando secretamente, mesmo após sua união com Jackie.

O fim trágico de ambos

Em 1973, o único filho homem de Onassis morre em um acidente de avião. O magnata jamais se recupera. A doença neuromuscular de que sofria se agrava rapidamente.

Em 1975, internado em Paris, Onassis morre de complicações respiratórias — coberto pelo cobertor vermelho Hermès que Maria lhe dera. Um gesto simbólico, quase um aceno final ao amor perdido.

Poucos meses depois, Pasolini é assassinado. Para Callas, é como um golpe fatal. Profundamente deprimida, fragilizada e provavelmente sofrendo de anorexia, morre em setembro de 1977, aos 53 anos, sozinha em seu apartamento parisiense.

Um amor maior que a vida — e devastador

A história de Maria Callas e Aristóteles Onassis permanece como uma das mais fascinantes do século XX:
um romance tórrido que uniu duas figuras gigantescas, consumindo-as lentamente; um triângulo amoroso real, cinematográfico, envolvendo a mulher mais famosa da música e a mulher mais famosa da política; uma paixão tão grandiosa quanto destrutiva.

Uma verdadeira tragédia grega — vivida diante do mundo inteiro.


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