Soneto de Fidelidade
Deuses do Amor - Última atualização: 26 de setembro de 2025
Soneto de Fidelidade: Amor e Paixão em Poesia
“Soneto de Fidelidade” é uma das mais famosas poesias românticas de Vinicius de Moraes, escrita em Estoril, Portugal, em outubro de 1939. O poema retrata sentimentos profundos de amor, paixão e entrega à pessoa amada, tornando-se um verdadeiro clássico que ainda hoje embala casais apaixonados.
Publicado posteriormente no livro Poemas, Sonetos, Baladas (1946), o poema conquistou fama imediata e é lembrado por sua intensidade e delicadeza.
De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
Aqui pode encontrar uma excelente análise e interpretação da poesia feita por Carolina Marcello.
O poema expressa dedicação total e intensidade emocional, celebrando um amor que, mesmo passageiro, deve ser vivido com plenitude e intensidade.
Análise e Interpretação
Segundo Carolina Marcello, a obra de Vinicius de Moraes evidencia:
- Amor como atenção constante: O eu-lírico compromete-se a ser totalmente atento à pessoa amada.
- Amor como experiência completa: Alegria, tristeza, riso e pranto se tornam parte de uma entrega emocional total.
- Intensidade sobre eternidade: O poeta reconhece que o amor pode não ser eterno, mas deseja que seja infinito enquanto dure.
A poesia, portanto, captura a essência de um amor profundo, sensível e vivido intensamente, tornando-se uma referência literária sobre paixão e fidelidade.
Vinicius de Moraes: Curta Biografia
Infância e Juventude
- Nasceu no bairro da Gávea, Rio de Janeiro.
- Pai: Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário municipal e violinista amador.
- Mãe: Lídia Cruz de Moraes, pianista amadora.
- Em 1916, mudou-se para Botafogo; escreveu suas primeiras linhas na escola.
- Participou de corais e pequenas peças teatrais durante o ensino médio.
Formação e Carreira Diplomática
- Estudou Direito na Universidade do Catete, onde conheceu o romancista Otávio Faria, que inspirou sua vocação literária.
- Formou-se em 1933.
- Trabalhou como censor de filmes, crítico de cinema e contribuiu para a revista Clima.
- Recebeu bolsa do British Council para estudar língua e literatura inglesa em Oxford.
- Atuou em cargos diplomáticos em Los Angeles, Paris, Roma e Montevidéu.
Vida Pessoal e Últimos Anos
- Sua carreira diplomática foi interrompida em 1968 pela ditadura militar.
- Faleceu em 9 de julho de 1980, aos 66 anos, em decorrência de dificuldades respiratórias.
- Quando perguntado sobre a morte, disse: “Não tenho medo da morte. Eu sinto falta da vida.”
Legado Literário
Vinicius de Moraes é lembrado como poeta do amor, diplomata e compositor, cuja obra ainda inspira e emociona leitores e apaixonados pelo mundo. Soneto de Fidelidade permanece um marco da poesia romântica brasileira, celebrando a intensidade do amor enquanto ele dura.
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